Show do The Adicts em São Paulo vira carnaval punk

Por: Paulo Schwinn
Foto: Leandro Almeida
Foto: Leandro Almeida

A chamada para o texto acima não é nenhum exagero. Se o clima nas imediações do Carioca Club, em Pinheiros, era de carnaval completo, com muita gente fantasiada e curtindo os shows na praça da Faria Lima, o ambiente dentro da casa de shows não era diferente. Mas o ritimo que ditava essa festa momesca era o punk rock dos ingleses do The Adicts, banda com mais de 40 anos de existência e que estava fazendo seu terceiro show no Brasil (todos em São Paulo).

Com muito confete, serpentina e corações vermelhos de papel, o Adicts fez um show correto, vibrante e alegre. O vocalista Darren Walken, mais conhecido como ‘Monkey’, na sua tradicional roupa de coringa, e seus parceiros Pete ‘Dee’ Davidson na guitarra, Mel Ellis no baixo, Michael ‘Kid Dee’ Davison na bateria e John Ellis na outra guitarra, todos vestidos de ‘droogs’ (visual inspirado no personagem principal do filme ‘Laranja Mecânica’, de Stanley Kubrick), subiram ao palco com o jogo ganho. Em pouco mais de uma hora tocaram praticamente todas canções que os fãs antigos queriam ouvir e também incluíram algumas canções mais recentes, do álbum ‘All The Young Droogs’, lançado em 2012, fazendo o público pular nas rodas de pogo durante praticamente toda a apresentação. O começo já foi chumbo grosso: ‘Joker In The Pack’. O clima foi esquentando e vieram ‘California’, ‘Fucked Up World’, ‘I Am Yours’, dentre outras. A seqüência ‘Easy Way Out’, ‘Numbers’ e ‘Troubador’, todas cantadas em uníssono, deixou o público ainda mais agitado, com a roda de pogo cada vez mais cheia na frente do palco.

A seqüência final do concerto foi a mais festejada. Os clássicos ‘Bad Boy’, ‘Songs Of Praise’, ‘Steamroller’, ‘Who Spilt My Beer’, ‘Viva La Revolution’ e ‘Walk On’, com direito a coro em uníssono da galera. Uma chuva de papéis picados de um emocionante e vibrante final para uma apresentação que ganha o público não só pelo conteúdo musical, mas também visual, afinal desde os anos 70 esses caras estão nos palcos do mundo, agitando platéias punk-roqueiras de todas as idades. Até a próxima visita, amigos!

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