Oxigênio Festival apostou em mistura de estilos e acertou em cheio

Por Fla Carvalho

A sexta edição do evento fez história por ser maior do que a anterior, mas também teve algumas polêmicas

O rock de garagem das meninas do The Mönic – Foto: Eduardo da Costa

Foram três dias (13, 14 e 15 de setembro) de festival na casa de shows Via Matarazzo, na Barra Funda. Durante esse período, mais de 35 bandas se apresentaram nos dois palcos do festival: o palco Off The Wall e o palco Side Stripe.

A mistura de estilos musicais foi recebida com certa estranheza quando o line up do festival foi anunciado, mas não poderia ser mais acertada: teve punk, pop punk, hardcore, folk, reggae, dentre outros. A cada show, uma energia diferente – foi quase como uma aula sobre como misturar tanta cultura diferente dentro da música e tornar tudo em uma coisa só. E o melhor de tudo é que não teve nenhum tipo de briga entre o público de cada estilo.

Destaques

O palco Side Stripe teve ótimas surpresas, como foi o caso da banda de música folk O Bardo e o Banjo, que conseguiu levantar tanto a galera que até quadrilha de festa junina rolou. No mesmo palco, outras bandas também foram destaque como a Armada, formada por ex-integrantes do Blind Pigs, com um show numa pegada nostálgica para fãs de punk rock; e a banda Violet Soda, que aposta num som mais puxado para o post-grunge com o vocal poderoso da Karen Dió – é sério, que voz!

Já no palco Off The Wall, o CPM 22 fechou a primeira noite com chave de ouro, isso porque não era tarefa fácil depois dos shows do Dead Fish e Sugar Kane, que vieram antes no mesmo dia. No sábado, quem fechou a noite com um showzão animado foi o Braza (formado por ex-integrantes do Forfun), mas bandas como Pense e Molho Negro já haviam feito “a rapa” mais cedo, com shows impecáveis. No domingo, o destaque foi a banda Strike, que fez um show animadíssimo, porém, ao final, teve seu show interrompido.

Por falar em destaque, o Karaokê Band, novidade dessa edição, foi uma das melhores coisas do festival. Isso porque o público pôde cantar músicas pré-selecionadas em frente a todo mundo que estava assistindo. Não deu outra, a galera cantou mesmo e foi muito divertido de assistir.

O pop punk/emo da banda carioca Darvin – Foto: Eduardo da Costa

Emo e Pop punk

Que os estilos musicais emo pop punk estão de volta todo mundo já sabe, mas o festival fez questão de trazer bandas que mexem com a nostalgia de quem curtia esses estilos muitos anos atrás, como é o caso das bandas Darvin, Granada e Dibob, que lotaram o palco Side Stripe e fizeram o público cantar todas as músicas.

A música como forma de protesto

A música é, entre muitas coisas, uma forma de protesto. E no Oxigênio não foi diferente. Bandas como Dead Fish, Pense, Ratos de Porão, Sapataria, Charlotte Matou um Cara e Big Up fizeram shows repletos de manifestações políticas e questões sociais.

Problemas com energia

Como nem tudo são flores, o festival – que estava prestes a finalizar a sua sexta edição em alta – enfrentou problemas de energia no palco Off The Wall, que resultou na interrupção do show da banda Strike e no cancelamento dos dois últimos shows da noite nesse palco, o da banda Far From Alaska e o da banda Francisco El Hombre –  esta acabou fazendo um show acústico na pista para os fãs que permaneceram no local.

Em nota oficial, a organização do evento se desculpou pelo ocorrido e informou que a banda Far From Alaska realizará um show no The House, em São Paulo, com data a ser definida, para todos que apresentarem ingressos do terceiro dia do Oxigênio.

Problemas à parte, a sexta edição do Oxigênio Festival foi memorável. Agora é esperar pela sétima edição!

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