Por: Gustavo Franchini
Depois de ter feito o público vibrar no Teatro Odisseia, em agosto do ano passado, o vocalista/baixista Glenn Hughes volta em turnê e aos palcos cariocas, com intervalo menor em relação aos outros shows que já fez por aqui, para a alegria de todos. Lotando a casa novamente, desta vez no Teatro Rival (aliás, muito mais apropriado para um espetáculo desse porte), o carismático inglês demonstra seu amor pelos fãs em mais uma noite histórica.
Reunindo músicos de primeira, como o excelente baterista Pontus Engborg (destaque absoluto em uma performance de arrepiar) e o guitarrista Soren Andersen, com uma pegada e técnica dignas dos grandes, não tinha como dar errado. A cozinha estava tão entrosada que a impressão era de que estavam juntos há décadas. Muito peso e improviso de qualidade! Glenn Hughes também está em ótima forma, mesmo com seus impressionantes 64 anos, soltando a poderosa voz (a partir da metade do show) e valorizando bastante as linhas de baixo; de fato é um artista completo.
Com um setlist que reunia muitas músicas da sua fase dos anos 70, especialmente a época do Trapeze, Glenn ainda encontrou espaço para inserir canções do Deep Purple (óbvio), do Black Country Communion, da sua carreira solo e, para a surpresa dos presentes, até mesmo de um projeto obscuro chamado Hughes/Thrall, que fez com o guitarrista Pat Thrall, em 1982.
Agora nos resta aguardar pela próxima visita da lenda viva do rock, que sempre nos surpreende com sua performance sensacional, desafiando a própria idade e deixando bem claro que o Brasil é destino certo em suas turnê mundiais. Vida longa ao mestre!
Setlist:
1 – Way Back to the Bone
2 – Muscle and Blood
3 – Orion
4 – Touch My Life
5 – First Step of Love
6 – Stormbringer
7 – Medusa
8 – Can´t Stop the Flood
9 – One Last Soul
10 – You Keep on Moving
11 – Soul Mover
BIS
12 – Black Country
13 – Burn
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