Extreme e Richie Kotzen: rock em alta no Rio

Por: Gustavo Franchini

Banda Extreme – Foto: Demétrius Abrahão/UDR

Celebrando os 25 anos do lançamento de Pornograffitti, álbum de maior sucesso da banda, o Extreme presenteia os fãs com a tão esperada turnê que passa pelo Brasil, já que o último show deles no país foi em 1992, no festival Hollywood Rock (SP e Rio). Para tornar a turnê brasileira ainda mais especial, convidaram ninguém menos que o mestre Richie Kotzen, um dos mais respeitados músicos da cena, parar abrir os shows.

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E é justamente a abertura da noite que mais empolgou o público, por mais estranho que isso possa soar. Richie Kotzen levantou todos na plateia durante pouco mais de 1 hora de show, que por mais curto que seja, ainda assim foi intenso e recheado de feeling. Com um vocal estupendo e uma capacidade fenomenal de expressar emoções com sua guitarra, o americano não só demonstrou o por quê de ser agraciado pelos que acompanham sua carreira, mas também que não é necessário ter mais do que três integrantes em cima do palco para fazer um rock de verdade. Ao lado do excelente baixista Dylan Wilson e o virtuoso baterista Mike Bennett, o trio consegue manter a qualidade do espetáculo, do início ao fim, sendo aplaudidos por todos os presentes.

Richie Kotzen - Foto: Demétrius Abrahão/UDR
Richie Kotzen – Foto: Demétrius Abrahão/UDR

Após alguns minutos, a grande atração pisa no palco, sob os olhares curiosos de muitos que não conheciam as músicas do Extreme, o que ficou claro durante a apresentação, visto que muitas vezes o público não acompanhava as canções (provavelmente por não saber a letra). Apesar de o vocalista Gary Cherone ser um ótimo frontman, peca um pouco no desempenho vocal ao vivo, sendo em muitas músicas auxiliado pelos vocais do baixista Patrick Badger (muito bons, por sinal) e, claro, do grande destaque da banda, o magnífico guitarrista Nuno Bettencourt. Completando a cozinha, temos um trabalho sólido de Kevin Figueiredo nas baquetas.

A banda tocou na íntegra o álbum Extreme II: Pornograffitti (1992), que contém o hit absoluto “More Than Words”, uma das únicas cantadas em uníssono pela plateia. De fato, é uma linda canção, não à toa conhecida mundialmente, que demonstra todo o potencial da dupla Cherone/Bettencourt. Contudo, isso demonstrou um fato interessante da banda: as músicas mais calmas (ou seja, baladas) eram as que mais chamavam a atenção, algo que também era possível observar em “When I First Kissed You”, por exemplo. Óbvio que o show teve alguns bons momentos, mas a maioria das músicas soava repetitiva e similar umas às outras.

Em outras palavras, o Extreme demonstrou ser veterano no palco, com boas performances individuais (com destaque absoluto para o guitarrista Nuno Bettencourt, que além de versátil e técnico, possui um estilo único de tocar), músicas interessantes e um hit que constrói toda a expectativa em relação à banda. Todavia, não foi suficiente para agradar o público carioca, que não empolgou como esperado, mesmo considerando o fato de que aguardavam ansiosamente por uma apresentação deles no país. Talvez ter variado mais as músicas do setlist resolveria tal questão, já que não são tão conhecidos por aqui. De qualquer modo, vamos torcer para que voltem o quanto antes, apresentando um setlist mais coeso, afinal, é uma ótima banda!

SETLIST EXTREME

1 – Decadence Dance
2 – Li´l Jack Horny
3 – When I´m President
4 – Get the Funk Out
5 – More Than Words
6 – Money (In God We Trust)
7 – It (´s a Monster)
8 – Pornograffitti
9 – When I First Kissed You
10 – Suzi (Wants Her All Day What?)
11 – He-Man Woman Hater
12 – Song for Love
13 – Hole Hearted/Crazy Little Thing Called Love
BIS
14 – Warheads
15 – Rest in Peace
16 – Take Us Alive
17 – Am I Ever Gonna Change
18 – Midnight Express
19 – Play With Me
20 – Cupid´s Dead

1 Comentário

  1. Review incoerente com o que foi o show.
    Repetitivo foi o adjetivo mas inoportuno que poderia ter sido atribuido ao concerto. E ainda, infelizmente muitas musicas não eram entoadas por desconhecimento de pseudofãs, que seguem More Than Words e a “carreira” de modelo do Bettencourt. Cherone surpreendeu o vivo!

    Para mim, que sou fã da banda a pelo menos 12 anos e conheço todo o trabalho do EXtreme, posso dizer com toda assertividade de que eles cumpriram ao que vieram, e que a comemoração do disco foi em demasia, perfeita, já que nem na homônima turne em 90/91, incluiam musicas como Li’l Jack Horny, Money, When First Kissed You e He-Man Woman Hater nos repertórios. Agora é aguardar o próximo disco…

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