Entrevista com Michael Kiske da banda Unisonic (ex-Helloween)

Por: Adriana Camargo

foto/divulgação
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O Unisonic marca a volta de Michael Kiske à cena metálica mundial, após 16 anos desde a saída dele do Helloween, no final de 1993. Nessa banda Kiske está muito bem acompanhado por Zafiriou Kosta e Dennis Ward (Pink Cream 69), o guitarrista Mandy Meyer (Ásia, Gotthard e Krokus) e Kai Hansen, o ex-companheiro dele no Helloween.

Confira abaixo na íntegra uma entrevista exclusiva que fizemos com a banda.

1) Como surgiu a ideia de criar o Unisonic?

Michael Kiske: Eu trabalhei com Dennis e Kosta juntos na Place Vendôme, que é onde nós nos conhecemos. Um dia, os dois vieram a Hamburgo me perguntando sobre a formação de uma banda de verdade juntos. Para mim foi o momento certo depois de muitos anos.

2) Como foi o processo de composição do primeiro álbum?

MK: Nós começamos em 2009, mas foi bastante lento. Em 2010 eu estava pensando em um segundo guitarrista como uma força extra criativa. Eu tinha um amigo meu, Sandro Giampietro, em mente, mas isso não aconteceu. E quando eu entrei em turnê com o Avantasia no Kai-Tour, em dezembro de 2010, Kai e eu senti uma grande química juntos no palco e começamos a falar sobre algo juntos novamente. Depois de um tempo ele veio com a ideia de se juntar ao UNISONIC, o que foi perfeito. Agora a banda se sente completa.

3) Como a união com Kai Hansen mudou as músicas do primeiro álbum?

MK: Ele veio no ano passado, mas é claro que todos nós trabalhamos juntos em todas as músicas e ele teve a sua influência em músicas, como todos nós fizemos. Ele também escreveu muito. No próximo disco ele vai estar envolvido desde o início, por isso será ainda mais uma banda. Um álbum de metal torna-se mais quando você tem Kai (Hansen) na banda. E eu sempre gostei do seu material.

4) O que você acha sobre o Unisonic ser comercializado como “a reunião de Kai Hansen e Michael Kiske”?

MK: Bem, é claro que fazem rótulos. Você não pode culpá-los. Kai e eu temos uma história juntos e isto tem um efeito sobre o público. Em poucos anos, se o UNISONIC tiver uma vida mais longa, isto acontecerá menos eu acho e o Unisonic será visto muito mais como uma banda.

5) Apesar de pouco tempo na estrada, o Unisonic já se apresentou em grandes festivais como o Sweden Rock Festival e o Masters Of Rock Festival. Como o público e os fãs foram respondendo à banda?

MK: Muito bom e caloroso. Isso foi bom para mim, porque eu estava longe dos palcos há um longo tempo. Eu não sei se estou esquecido ou não. Depois do show na Suécia, tivemos uma sessão de autógrafos e havia uma longa fila de pessoas para assinar cada um dos CDs que eu fazia parte. A vibração foi ótima!

6) Você vai continuar com sua carreira solo?

MK: Eu poderia estar fazendo alguma coisa quando UNISONIC surgiu. Haverá certamente mais um álbum em breve que eu ainda tenho que entregar. Depois que eu vou ver o que o tempo permite.

7) Qual a expectativa para tocar no Brasil?

MK: Sol e muita diversão! Eu amo o Brasil, eu não queria sair de novo da última vez, eu achei que o Avantasia-Tour foi muito curto. Eu gosto da paixão dos torcedores e as garotas são lindas demais …

8) Qual é a melhor memória que você tem do Brasil?

MK: O Sol, as garotas e a vibração…

9) Deixe uma mensagem para seus fãs no Brasil.

MK: Eu espero que as pessoas apareçam nos shows! Desde a música de negócios tornou-se tão difícil, e muitas pessoas não apoiam mais as bandas comprando seus CDs, você nunca sabe quanto tempo esta banda vai durar. Até agora está indo bem, mas todos vocês devem aparecer enquanto nós estamos lá!

A vida é curta então o negócio é aproveitar a vida (ao vivo), enquanto temos rock …

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