Entrevista com Dado Villa-Lobos (Legião Urbana)

Por: Danielle Barbosa
foto/divulgação
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A turnê “Legião Urbana XXX Anos” chega ao Rio de Janeiro neste sábado (23), no palco do Metropolitan – Barra da Tijuca. O espetáculo é um projeto dos músicos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que voltaram aos palcos para comemorar os 30 anos desde que o primeiro disco da banda de rock brasiliense foi lançado, em 1985. A popularidade do álbum vigora até hoje, com hits como “Será”, “Ainda é Cedo” e “Geração Coca-Cola” embalando gerações de jovens desde os anos 80.

A ideia de fazer dos 30 anos do álbum auto-entitulado da banda uma série de shows pelo Brasil surgiu no começo do ano 2015, quando Dado e Bonfá receberam a proposta da EMI/Universal de lançar uma Edição Especial do CD, contendo as canções originais remasterizadas e algumas raridades guardadas nos estúdios.

Os shows dessa turnê se dividem em dois momentos: no primeiro, os músicos tocam ao lado de André Frateschi – amigo de longa data de Dado e Bonfá – o repertório do primeiro disco na íntegra. Já no segundo, outros clássicos que marcaram a trajetória da banda são lembrados e convidados especiais dividem o palco com os roqueiros.

No entanto, o guitarrista Dado Villa-Lobos faz questão de enfatizar que as apresentações comemorativas não se tratam de um retorno da Legião Urbana, já que Renato Russo é insubstituível. Em entrevista ao Universo do Rock, Dado afirma se tratar de uma grande festa. Sendo assim, segundo ele, o intuito é saciar a demanda do público e tocar ao lado de amigos e grandes parceiros, celebrando quem eles foram, são e serão daqui a alguns anos. O objetivo, por conseguinte, é festivo, de celebração ao rock nacional, com um conteúdo que transmita conceitos fortes para os jovens brasileiros.

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Além de André Frateschi, acompanham Dado e Bonfá nas apresentações: na segunda guitarra Lucas Vasconcellos (Letuce), no baixo Mauro Berman (Cabeza de Panda e Marcelo D2) e nos teclados Roberto Pollo (Cirque du Soleil). Sobre a parceria com Frateschi, Dado define como “questões do além, do espírito, da transcendência das coisas”, já que o ator e cantor – na época com 10 anos – acompanhou a banda nesse período em 1985. A mãe de Frateschi – a atriz Denise Del Vecchio – protagonizava a peça “Feliz Ano Velho”, que fazia dobradinha com a turnê da Legião Urbana.

Sobre o show no Rio de Janeiro, a expectativa é a reunião de fãs de todas as idades, pois essa é característica de destaque de todo show da Legião Urbana. “É incrível! Já vimos uma criança de quatro anos na plateia. A música transcendeu nossas expectativas, é a realização de um sonho, de garotos de 18 anos  que acreditam em transformar o mundo. (Tem) um valor inestimável”, comenta Dado Villa-Lobos. E ele prepara os fãs para o que pretendem fazer em cima do palco, citando o valor da música e das artes como agentes transformadores, em especial na atual situação do país, que – nas palavras do músico -, está “precisando de ideias novas, pessoas e atitudes”. Mas tudo isso sem esquecer do caráter de entretenimento da noite. “A gente tem compromisso com nós mesmos, de produzir algo legal e bacana pro público”, finaliza.

O projeto, inicialmente pensado para acontecer no último trimestre de 2015, deve acabar se estendendo até bem perto das Olimpíadas, sendo o mais abrangente possível e percorrendo todas as regiões do Brasil. Essa é uma vontade de ambos os músicos, pois a intenção é tocar em lugares pelos quais a Legião nunca passou. Questionado sobre que cidades seriam essas, Dado citou Aracaju, Maceió, Teresina, um retorno à Florianópolis, Manaus, Goiânia, dentre outras. Na visão do músico, “a Legião Urbana foi uma banda de pouca estrada”.

Quem ganha são os fãs brasileiros. Ficamos todos na expectativa!

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