Entrevista com a banda finlandesa Apocalyptica

Por: Adriana Camargo

foto/divulgação
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Apocalyptica é uma banda finlandesa formada por três violoncelistas e, desde 2005, um baterista. Tem como especialidade o “symphonic metal” (heavy metal com aspectos de sinfonia), tocando também música clássica. Todos os formadores frequentaram a Academia Sibelius, em Helsinque, onde se conheceram e, em 1993, se juntaram para fazer, por diversão, arranjos de rock com violoncelos. Prestes a desembarcar no Brasil, o baterista Mikko Sirénconcedeu uma entrevista para o Universo do Rock.

Entrevista:

1. Qual é a melhor lembrança que você tem do Brasil?
R: Estive duas vezes no Brasil e elas foram simplesmente grandes e há excelentes lembranças, por isso é impossível escolher uma. Mas uma lembrança desagradável eu posso dizer: Você vê, quando chegamos lá, eu tinha acabado de ter uma intoxicação alimentar na Argentina. Então, quando nós estávamos tocando com o Megadeth, eu estava tão desidratado que o meu músculo apertou na primeira música. Então foi uma luta contínua por 50 minutos para sobreviver, mas eu fiz!

2. Como foi tocar com o Metallica no show do 30 º aniversário deles?
R: Foi uma grande honra fazer parte dessa festa! Não é um segredo que o Apocalyptica não existiria sem o Metallica, de modo a ser uma das bandas que eles queriam convidar para celebrar o seu 30 º aniversário, foi simplesmente fantástico. A noite foi um evento inesquecível com a mais amigável atmosfera das festas, com grandes músicos e fantásticos seres humanos.

3. O que foi mais interessante quando vocês tocaram com eles (Metallica)?
R: Eu diria que o ensaio que tivemos em seu “HQ” foi além de qualquer coisa que eu já tinha imaginado. Eu ainda olho para tanto e, em seguida, ser capaz de realmente estar no meio de seus ensaios. Para ouvir todos os instrumentos da mesma forma que tocá-los sem grande PA ou qualquer coisa. Lá você pode realmente sentir a energia crua que ainda está na banda!

4. Quais suas principais influências musicais?
R: Minha grande variedade de pop e rock de diferentes décadas. As primeiras bandas que eu ouvia era CCR e Procol Harum. JB Wilson foi o meu primeiro ídolo da bateria quando eu tinha apenas a quatro anos de idade ou mais. Depois foi Stewart Copeland do The Police. Então se tem a dizer em qualquer ordem de importância, mas para apontar alguns exemplos: The Beatles, Beach Boys, Jethro Tull, Wigwam, Massive Attack, Portishead, Björk, Tricky, Armand van Helden, Daniel Lanois, Mark “Spike “Stent, Phil Spector, Holland-Dozier-Holland, Slayer, Slipknot, Neil Young, Bob Dylan, Stam1na, Jori Hulkkonen, Miles Davies… Há tantos porque eu sou um grande fã de música e eu ouço e exploro todas as músicas do novo tempo e de antigamente.

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5. Como surgiu a ideia de montar uma banda de violoncelos?
R: Os rapazes estavam todos estudando violoncelo clássico tocando em uma universidade de música em Helsinque e eles procuraram tocar suas músicas favoritas com seus próprios instrumentos. Não acho que seja uma grande invenção de qualquer espécie. Eles só queriam tocar qualquer tipo de música sem restrições que você pode enfrentar ao tocar um instrumento tradicional clássico.

6. Vocês já pensaram em incluir outros instrumentos de cordas no Apocalyptica?
R: Até o momento não parece ser uma opção, mas nunca se sabe. Nunca diga nunca, você sabe!

7. O que você estudou de música?
R: Os violoncelistas tem estudado na Sibelius Academy, a universidade de música em Helsinki, na Finlândia. Fiz estudos em conservatório de jazz-pop em Helsinque. Paavo é o único que se formou. Eu fui depois estudar por cerca de 18 anos ou mais, hehe. Eu fui expulso da escola e Eicca e Perttu eram muito preguiçosos em terminar seus estudos. Mas eu ainda estudei música de várias maneiras sozinho.

8. Qual a expectativa de vocês sobre este show no Brasil?
R: Nós esperamos tanto tempo para voltar! Assim, você pode acreditar que estamos ansiosos para chegar, finalmente, voltar aí! Acho que temos desenvolvido muito nestes anos que não temos sido capazes de tocar aí. Será um grande show que irá percorrer diferentes modos de tocar música a partir de basicamente todos os álbuns que fizemos. Temos um cantor viajando com a gente, bem em cima do tradicional Apocalyptica instrumental e dos nossos covers do Metallica. Nós vamos realizar uma boa performance com nossos singles recentes das rádios com o vocalista. Obviamente, o público será convidado a cantar com a gente!

9. Deixem uma mensagem para seus fãs brasileiros
R: Agradeço do fundo do meu coração por serem pacientes e esperar por nós por tanto tempo. Já faz muito tempo desde a última vez que a gente tocou aí, então agora vamos fazer valer essa espera! Vejo vocês em breve!

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