Dido estreia no Rio e relembra clássicos que marcaram sua carreira

Por Carolina Soares

A cantora executou, dentre outros hits, a música “My Lover´s Gone” exclusivamente para o público brasileiro; a composição foi sucesso na novela ‘O Clone’, de Glória Perez

Foto: Gustavo Maiato

Um fã acalorado não se contém entre um hit e outro e dispara eufórico do meio da plateia: “Diva!”. O elogio tinha endereço certo: a cantora britânica Dido, que finalmente estreava em terras cariocas, passados vinte anos desde que foi alçada ao sucesso por aqui (como uma das protagonistas da trilha da novela global O Clone). Quem nunca se emocionou ao ouvir “My Lover´s Gone”, tema do casal Mel e Xande? A cantora, muito simpática, responde: “Você me chamou de diva? Será que eu sou uma diva então? É, talvez eu seja”.

Mesmo com um pouco de atraso, o Km de Vantagens Hall testemunhava sorrisos sinceros de fãs de várias idades que esperaram tanto para ver Dido de pertinho. A plateia com cadeiras deixava todo mundo enfileirado e sentado, mas em sucessos mais dançantes o protocolo era deixado de lado e os fãs se aglomeravam no gargarejo para curtir de maneira mais espontânea. Os sucessos mais esperados foram “Thank You” e a derradeira “White Flag”, mas outros números chamaram a atenção também. Foi o caso da emocionante “Sitting On The Roof Of The World”, que ela explicou que fora seu irmão e também produtor Rollo Armstrong que compusera. Dido, aliás, começou a despontar na música acompanhada de Rollo em uma banda de dance music chamada Faithless. É notável a influência desse tipo de batida mais pulsante em algumas de suas composições, já como carreira solo.

A banda de apoio da cantora era um espetáculo a parte. Jimmy Sims, o baixista (e também tecladista em certos momentos), a toda hora pedia palmas, andava de um lado para o outro no palco e funcionava quase como um animador do público. Na parte rítmica, a função era dividida entre a percussionista Jody Linscott, dona de diversos timbres de tambores e o baterista Adam Falkner, que era o outro lado da moeda, mais sólido. Grandes cortinas foram colocadas no palco e funcionavam como telões verticais. O efeito era uma faca de dois gumes, pois se de um lado era visualmente muito bonito, por outro acabava escondendo alguns dos músicos da banda.

Foto: Gustavo Maiato

Por fim, Dido fez valer os longos anos em que esteve em falta com o público brasileiro e rolou até promessa de voltar em breve. Motivos não faltam: até mesmo o fã clube da cantora inovou e trouxe balões iluminados pela lanterna do celular durante a música “Quiet Times”, que rendeu elogios por parte da artista britânica. A sensação, no final das contas, foi a de ter visto um espetáculo digno, banhado de simpatia, afinação e musicalidade.

SETLIST DIDO

1 – Hurricanes
2 – Hell After This
3 – Life for Rent
4 – Hunter
5 – No Freedom
6 – Grafton Street
7 – Sand in My Shoes
8 – Give You Up
9 – Thank You
10 – Friends
11 – Sitting on the Roof of the World
12 – Quiet Times
13 – My Lover’s Gone
14 – Here With Me
15 – See You When You’re 40
16 – My Boy
17 – Mad Love
18 – Don’t Leave Home
19 – Take My Hand
BIS
20 – White Flag

Confira a galeria de fotos do show:

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*