Blind Guardian faz show incrível com direito a um final surpreendente

Por: Gustavo Franchini

Foto: Paulo Cassio/Universodorock
Foto: Paulo Cassio/Universodorock

Desde a primeira apresentação, em terras cariocas, de uma das maiores (e, possivelmente, a melhor) bandas de power metal, em 2002, no Canecão, os fãs do Blind Guardian esperavam um novo espetáculo que, ao menos, se aproximasse do que foi aquela noite maravilhosa. Em 2007, no Vivo Rio, a banda voltou e demonstrou que o esforço ainda não foi suficiente, apesar de ter sido um ótimo show. Contudo, em 2011, em um dos maiores espaços alternativos do Rio de Janeiro, a Fundição Progresso, a história seria diferente.

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Em turnê para divulgação do álbum At The Edge of Time, lançado ano passado, a expectativa para o show aqui era enorme, tanto pela longa espera, quanto pelo fato de que a cidade maravilhosa quase ficou de fora da lista, sendo a última data marcada no Brasil. Todavia, a casa estava lotada, e batia aquela sensação de que a noite seria bonita. E, como foi!

Com uns minutos de atraso (não por parte da banda, mas pela produção do evento que ainda organizava a entrada do público restante), as luzes se apagam, o PA reverbera a intro e, então, os bardos entram com tudo no palco com a excelente “Sacred Worlds” do At the Edge of Time (2010) , emendando com a clássica “Welcome To Dying” do Tales From the Twilight World (1990). O público já começa a fazer rodinhas no centro da pista!

Para manter o ritmo empolgante, mais um clássico, a linda “Nightfall” do Nightfall in Middle-Earth (1998), que deixou a plateia enlouquecida, cantando toda a letra, sem descansar por um minuto sequer. O vocalista Hansi Kürsch anuncia que uma do álbum A Twist In the Myth (2006) seria a próxima e, como é de praxe nos shows do Blind Guardian, conta a história da música e anuncia “Fly”, que deu uma acalmada nos ânimos. Em seguida, pra botar a casa abaixo de vez, “Time Stands Still (At the Iron Hill)” também do Nightfall in Middle-Earth (1998) e “Traveler in Time” do Tales From the Twilight World (1990), com direito ao “ô ô ô” do riff (momento este que já fora registrado no ao vivo Tokyo Tales, de 1993), cantado em uníssono pelo público.

Foto: Paulo Cassio/Universodorock
Foto: Paulo Cassio/Universodorock

Neste momento, era visível no rosto de Hansi e do guitarrista André Olbrich a surpresa pela reação tão calorosa dos fãs. Todos cantavam o famoso “Olê olê olê olêêê”, a todo momento! E mais um clássico estava por vir, com “Mordred´s Song”, do impecável Imaginations From the Other Side (1995), além de “Tanelorn (Into the Void)”, do último álbum. Era a hora de ligar os celulares e acender os isqueiros, pois chegou a hora da execução de “Lord of the Rings”, do Tales From the Twilight World (1990)! Para fechar a primeira parte do selist, simplesmente a perfeita junção do hino “Valhalla” do álbum Follow the Blind (1989), em um dos momentos mais bonitos da noite, com o clássico absoluto “Imaginations From the Other Side”, do álbum homônimo.

Para o bis, “Wheel of Time”, última música do novo álbum e, claro, a obrigatória “The Bard´s Song – In the Forest” do Somewhere Far Beyond (1992) que, inclusive, teve o primeiro refrão cantado de forma errada pela plateia, situação esta conduzida com muita simpatia pelo carismático vocalista. Fechando o setlist, como já era de se esperar, o hit máximo “Mirror Mirror” do Nightfall in Middle-Earth (1998).

Porém, um fato raro estava prestes a acontecer. A banda já estava toda reunida para se despedir do público, instrumentos guardados, palhetas já voavam, baquetas prestes a serem lançadas e luzes acesas. Então, todos na pista começaram a pedir, em alto e bom tom, a clássica “Majesty”, do primeiro álbum de estúdio da banda, Battalions of Fear (1988). O pedido foi de forma tão enfática e surpreendente, que os integrantes estavam atônitos, comovidos com tal paixão. Hansi pega o microfone novamente e explica que, apesar do show ter acabado, o público merecia este presente! Por incrível que pareça, todos da banda voltam às posições, pegam os instrumentos, preparam a equipe técnica e tocam a música na íntegra, com direito à introdução original e toda a iluminação de palco. Emocionante e inesquecível, uma verdadeira homenagem e demonstração de respeito aos fãs cariocas!

SET LIST:

1 – Sacred Worlds
2 – Welcome To Dying
3 – Nightfall
4 – Fly
5 – Time Stands Still (At the Iron Hill)
6 – Traveler In Time
7 – Mordred´s Song
8 – Tanelorn (Into the Void)
9 – Lord of the Rings
10 – Valhalla
11 – Imaginations From the Other Side

Bis:
12 – Wheel of Time
13 – The Bard´s Song – In the Forest
14 – Mirror Mirror

Bis 2:
15 – Majesty

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